Benefícios do amendoim

Esse alimento, quando consumido in natura ou minimamente processado, é fonte de minerais, vitaminas, fibras e gorduras saudáveis

No Brasil, o amendoim costuma ser servido como petisco. Pelo fato de ser financeiramente acessível e facilmente encontrado em supermercados, feiras e lojas de produtos naturais, o amendoim tem ganhado cada vez mais espaço no dia a dia. O amendoim é de consumo fácil, pois pouco ou nenhum preparo, sendo ideal para ingerir no intervalo das refeições principais, ser acrescentado a saladas verdes, farofas e saladas de frutas.

Propriedades nutricionais benéficas
Conforme o Ministério da Saúde, assim como as castanhas, nozes e amêndoas, “o amendoim é rico em minerais, vitaminas, fibras e gorduras saudáveis (gorduras insaturadas) e contêm compostos antioxidantes”, o que faz dele um potencial fator de proteção de doenças. Em 100 gramas de amendoim estão presentes 49 gramas de gorduras insaturadas, 26 gramas de proteínas, 9 gramas de fibra alimentar e cerca de 600 calorias. Embora caracterizado como saudável, a recomendação é ingerir sem excessos devido à alta quantidade de calorias.
Atenção na hora da escolha
Para usufruir de todos os benefícios nutricionais do amendoim, o Ministério da Saúde indica a ingestão de opções in natura ou minimamente processadas, com ou sem casca. Esse cuidado é necessário porque os amendoins ultraprocessados costumeiramente levam em sua lista de ingredientes gorduras saturadas e hidrogenadas, prejudiciais às artérias do coração. Além do mais, em geral, os alimentos ultraprocessados costumam ser pobres em fibras, vitaminas e minerais.

Para facilitar a compra, lembre-se:
Amendoim in natura é aquele que: não sofreu qualquer alteração, está ainda com a casca marrom, e não recebeu adição de sal ou açúcar.
Amendoim minimamente processado é aquele que: está limpo, não possui a casca, está envolto na camada vermelha ou sem ela, e não recebeu adição de sal, açúcar, óleos ou outras gorduras.
Fonte: www.unimed.coop.br

 

Alimentos que causam dor de cabeça

Café, chocolate, queijo… A lista das comidas por trás da enxaqueca é grande, conheça as campeãs de reclamação

A cena é clássica: o indivíduo começa a se comportar de maneira diferente, a luz e o barulho parecem estar nas alturas e o incômodo é tão forte que a única solução é escapar para um lugar escuro, deitar e esperar a dor passar. Os ataques de enxaqueca, tão tristemente famosos quanto misteriosos, são causados por uma lista longa de fatores, das mudanças bruscas de temperatura ao esforço físico.

“O cérebro de quem sofre com a doença é mais sensível a estímulos e desequilíbrios que normalmente não afetam outras pessoas”, resume Fernando Kowacs, neurologista que coordena o Departamento de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia. Com a sensibilidade aguçada, para essa turma até um simples lanchinho pode dar origem ao suplício. “Estudos mostram que entre 12 e 60% dos enxaquecosos relatam ter episódios após consumir determinado alimento”, comenta Laís Bhering, nutricionista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para entender melhor como uma coisa está ligada a outra, pesquisadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, revisaram mais de 180 estudos sobre o impacto do menu na dor de cabeça. Eles concluíram que a associação é forte a ponto de justificar uma mudança na abordagem do tratamento. “Atualmente, o foco está nas medicações, mas deveria incluir mais as dietas preventivas e os hábitos alimentares de cada um”, aponta Vincent Martin, médico da instituição americana e um dos autores do trabalho.

A extensa investigação sugere dois caminhos para que as refeições passem de vilãs a coadjuvantes no combate à doença. Primeiro, evitar os ingredientes-gatilho (conheça os principais abaixo), tática que já é utilizada nos consultórios. O passo seguinte é priorizar uma alimentação que espante novas ocorrências.

O problema nessa história é que não dá apenas para dizer que aquela taça de vinho ou o sanduíche do final de semana sejam com certeza os causadores do incômodo. “O fato de um grande número de pessoas ter enxaqueca depois de comer determinado alimento não quer dizer que isso ocorrerá com todo mundo. Os fatores que disparam o problema são muito individuais”, destaca Norma Fleming, neurologista e membro da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor Crônica. Portanto, melhor é descobrir o que faz mal antes de adotar um cardápio específico.

Mesmo porque até itens saudáveis, como castanhas, frutas cítricas e banana-nanica, podem desencadear crises em sujeitos sensíveis. Ainda não se sabe muito bem por que isso ocorre, mas a teoria mais aceita diz que algumas substâncias desses e de outros quitutes estimulariam além da conta o sistema trigeminal, conjunto de nervos que recobre parte dos vasos sanguíneos da cabeça. “Com a sensibilização excessiva, a própria dilatação promovida pelo sangue circulando incomodaria, daí a dor pulsante”, desvenda José Geraldo Speciali, da USP de Ribeirão Preto.

Como não há suspeitos únicos para todos os casos, restrições agressivas estão fora de cogitação antes de uma confirmação sobre os motivos por trás do distúrbio. O trabalho americano analisou, por exemplo, a retirada do glúten das garfadas e viu que a proibição só evitava cefaleia em portadores de doença celíaca, que não toleram a proteína de jeito nenhum.

Já os regimes que proíbem carboidratos geram polêmica. Embora o cérebro dependa da glicose obtida dessas moléculas para trabalhar direito, há indícios de que sua limitação seja benéfica para os enxaquecosos. “Para compensar a falta, o organismo usa gordura para produzir corpos cetônicos, uma espécie de substituto, que teria efeito preventivo”, aponta Martin. “Mas esse tipo de regime é perigoso. Só deve ser adotado por recomendação médica e demanda monitoramento constante”, avisa.

Se por um lado o cardápio não deve ser alterado bruscamente, por outro há nutrientes que trazem, sim, alívio nesse cenário angustiante. O ômega-3, gordura do bem presente no azeite e nos peixes, é precioso aqui em razão do seu efeito anti-inflamatório — suspeita-se que a enxaqueca seja financiada pela abundância de moléculas inflamatórias em circulação. Na mesma linha de pensamento, perder peso e fazer atividades físicas ajudam porque o excesso de gordura financia a inflamação — e o exercício aumenta a tolerância às fontes do estorvo. Encher o prato de vegetais, ricos em antioxidantes, também tem efeito protetor nesse sentido.

Fonte: www.saude.abril.com.br

 

Álcool pode ser mais prejudicial para as mulheres

Estudo sugere que, especificamente no sexo feminino, as bebidas alcoólicas estão associadas a maiores níveis de açúcar no sangue, indicativo do diabetes

O abuso de cerveja, vinho e afins não faz bem para ninguém — mas, pelo menos quando o assunto é diabetes, parece que a ala feminina sofre ainda mais.

O alerta veio da Universidade de Umeå, na Suécia, onde pesquisadores acompanharam 897 pessoas dos 16 aos 43 anos.

Ao final desse período, os voluntários tiveram a glicemia (açúcar circulante no sangue) medida e preencheram um questionário sobre a quantidade de álcool que costumavam tomar.

As mesmas perguntas foram respondidas aos 18, 21 e 30 anos.

De modo geral, constatou-se que os homens ingeriam mais bebidas alcoólicas e apresentaram uma glicemia maior em comparação às mulheres.

No entanto, foi somente nelas que os cientistas notaram a relação entre um consumo alto e uma quantidade maior de açúcar no sangue após os 40 anos.

Aqui, cabe lembrar que taxas dessa substância cronicamente elevadas definem a presença do diabetes.

Ainda não se sabe por que o organismo feminino reage de maneira diferente aos drinques.

“O etanol, porém, já foi ligado à resistência insulínica em outros trabalhos por favorecer o acúmulo de gordura no fígado”, destaca o endocrinologista João Eduardo Salles, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Nesse sentido, tão importante quanto a moderação nas doses é adotar bons hábitos, como seguir uma dieta saudável e praticar atividade física regularmente.

Uma noitada por mês regada a quatro ou mais latinhas de cerveja com 5 a 6% de teor alcoólico já extrapolaria o limite mensal observado, que fica na casa dos 48 gramas de etanol segundo o experimento em questão.

Mas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as pessoas deveriam evitar ingerir mais de 30 gramas de álcool por dia.

Fonte: www.exame.abril.com.br

 

7 hábitos que ajudam a prevenir os tipos mais comuns de câncer

A doença mata mais de 22.000 pessoas em todo mundo por dia e projeções indicam que esse número só tende a crescer nos próximos anos

O câncer mata mais de 22.000 pessoas por dia em todo o mundo. De acordo com dados da Worldometers, em 2017, cerca de 4 milhões de mortes já foram registradas por conta da doença.

Com base em projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS), as mortes por câncer continuarão a aumentar no planeta. Em 15 anos, o número óbitos deve crescer 26% e mais de 11,4 milhões pessoas morrerão de câncer em 2030.

No Brasil, uma pesquisa recente divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou que o câncer é a segunda maior causa de morte de pessoas entre 15 a 29 anos, perdendo apenas para “causas externas”, que envolvem óbitos por acidentes e violência.

Alguns hábitos simples, no entanto, podem ajudar a diminuir tais estatísticas. Mudanças no estilo de vida que envolvem alimentação e outros cuidados são cruciais para reduzir os riscos de incidência do câncer, segundo Adriana Scheliga, onco-hematologista da Oncoclínica.

A especialista listou 7 passos que podem ajudar na prevenção dos tipos mais comuns de câncer. Confira as sugestões a seguir:

1 – Coma de maneira saudável – comer adequadamente é um dos principais hábitos que ajuda na prevenção de diferentes tipos de câncer. A dieta do mediterrâneo, que inclui frutas, peixes, grãos e azeite, é um excelente exemplo a ser seguido.

2 – Aposte nas vacinas – existem vacinas que podem contribuir para a prevenção do câncer. Um exemplo é a contra o HPV, vírus responsável por 90% dos casos de câncer de colo de útero.

3 – Faça check-up regularmente – principalmente após os 40 anos, alguns tipos de exames são essenciais para prevenção do câncer. A mamografia nas mulheres é recomendada anualmente. A detecção precoce aumenta em até 95% as chances de recuperação em casos de câncer de mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia.

4 – Abandone o cigarro – na maioria dos casos, o câncer de pulmão está associado ao consumo de cigarro ou derivados. Quando a pessoa decide parar de fumar, em 1 ano, ela diminui o risco de doenças ligadas a ao cigarro, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica.

5 – Pratique atividade física – a prática regular de exercícios ajuda a prevenir o câncer. O sobrepeso e a obesidade estão relacionados aos seguintes tipos de câncer: intestino, endométrio, próstata, pâncreas e até mama.

6 – Preste atenção no histórico familiar – existem testes genéticos que possibilitam a identificação de risco e o diagnóstico precoce de doenças hereditárias, incluindo o câncer.

7 – Use protetor solar – o câncer de pele é o tipo mais comum em todo o mundo e pode ser prevenido. Evite e exposição ao sol no período das 10h às 15h. Segundo o Consenso Brasileiro de Fotoproteção – Sociedade Brasileira de Dermatologia, o uso de protetor solar diariamente com Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo de 30 é essencial.

Fonte: www.exame.abril.com.br

Nova lei que beneficia planos de saúde será revista no Congresso

Está em atividade, na Câmara dos Deputados, a Comissão Especial para rever em regime de urgência a Lei dos Planos de Saúde (lei 9.656/98), que visa propor mudanças na legislação a partir da junção de 140 projetos do Legislativo que tratam do tema. Conforme teor das audiências públicas realizadas neste mês, e a partir de declarações públicas de parlamentares da Comissão Especial e de empresários do setor, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Procon-SP e mais 12 instituições denunciaram que uma das mudanças pretendidas é proibir a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) aos contratos de planos de saúde.
Além disso, podem ser incluídos outros pontos que beneficiam diretamente as empresas de planos de saúde:
1) Autorizar a venda de planos “populares” ou “acessíveis”, segmentados e com imensas restrições de coberturas.
2) Acabar com o ressarcimento ao SUS, previsto na lei 9.656/98, toda vez que um cliente de plano de saúde é atendido na rede pública.
3) Liberar totalmente o reajuste dos planos individuais, que hoje obedece a teto anual já acima da inflação.
4) Transformar em “máximo” o rol mínimo de itens de cobertura obrigatória pelos planos de saúde.
O Idec alerta que o momento não é adequado para mudar a toque de caixa uma lei que afeta a saúde e a vida de 47,6 milhões de consumidores de planos de assistência médico-hospitalar individuais, familiares e coletivos. Informa que é crescente a insatisfação dos brasileiros que usam planos de saúde, devido a exclusões de cobertura, barreiras de acesso para idosos e doentes crônicos, reajustes proibitivos, rescisões unilaterais de contratos, demora no atendimento e problemas na relação entre operadoras e prestadores de serviços.
Segundo o Idec, o Código de Defesa do Consumidor, que a Comissão Especial pretende “rasgar”, representa hoje uma verdadeira “tábua de salvação” diante do crescente aumento das decisões judiciais contra planos de saúde, que em mais de 90% dos casos são favoráveis aos cidadãos.
As organizações de defesa do consumidor chamam a atenção sobre a proximidade dos planos de saúde com parlamentares, inclusive alguns que compõem a Comissão Especial. Os planos investiram oficialmente, conforme registro no TSE, R$ 54,9 milhões nas eleições de 2014, o que contribuiu para eleger 29 deputados federais e 3 senadores.
De acordo com o grupo, o setor tem sido beneficiado pelo Congresso Nacional desde a aprovação da lei 9656/98, que contém várias lacunas e brechas a favor desse mercado. O lobby empresarial impediu os trabalhos da CPI dos planos de saúde, conseguiu emplacar representantes do setor em cargos diretivos da ANS e obteve a aprovação de medidas provisórias que garantem não pagamento de multas, refinanciamento de dívidas, subsídios, isenções, anistias fiscais, autorização do uso de reservas técnicas até em aplicações financeiras e outros benefícios econômicos.
“Não podemos admitir tamanho retrocesso. Ao contrário do que intenciona uma comissão pouco representativa, organizada às pressas em função de interesses particulares, a saúde requer compromisso público e seriedade. O mercado de planos de saúde precisa ser melhor fiscalizado e não desregulamentado. Só assim garantiremos que o Sistema Único de Saúde (SUS) constitucional seja efetivamente público, universal, de qualidade e adequadamente financiado”, afirmam.
Fonte: www.previdenciatotal.com.br

Principais mitos sobre a vacinação

Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) divulgaram alguns dos principais mitos e fatos sobre as vacinas
Mito: As vacinas têm vários efeitos colaterais prejudiciais e de longo prazo que ainda são desconhecidos. A vacinação pode ser até fatal.
Explicação: a maioria das reações são geralmente pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. Embora qualquer lesão grave ou morte causada por vacinas seja relevante, os benefícios da imunização superam em muito o risco, considerando que muitas outras lesões e mortes ocorreriam sem ela.
Mito: As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar.
Explicação: embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Programas de vacinação bem-sucedidos, assim como as sociedades bem-sucedidas, dependem da cooperação de cada indivíduo para assegurar o bem de todos.
Mito:A influenza é apenas um incômodo e a vacina para a doença não é muito eficaz.
Explicação: a influenza é uma doença grave que mata de 300 mil a 500 mil pessoas a cada ano em todo o mundo. Mulheres grávidas, crianças pequenas, pessoas idosas com pouco acesso à saúde e qualquer um que possua uma condição crônica, como asma ou doença cardíaca, estão em risco mais elevado para uma infecção severa, que pode levar à morte. A vacinação de gestantes tem o benefício adicional de proteger os recém-nascidos (não há atualmente nenhuma vacina contra a influenza para bebês menores de seis meses).
Mito: É melhor ser imunizado por meio da doença do que por meio de vacinas.
Explicação: as vacinas interagem com o sistema imunológico para produzir uma resposta imunológica semelhante àquela produzida pela infecção natural, mas não causam a doença ou colocam a pessoa imunizada em risco de possíveis complicações.
Mito: Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças desaparecerem – vacinas não são necessárias.
Explicação: as doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os programas de imunização sejam interrompidos. Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estamos. Se as pessoas não forem vacinadas, doenças que se tornaram raras, como a poliomielite e o sarampo, reaparecerão rapidamente.
Fonte: www.unimed.coop.br

Doenças relacionadas ao excesso de peso não ameaçam apenas obesos, diz estudo

Pessoas que não são obesas podem correr riscos de morte por doenças relacionadas ao excesso de peso, aponta um novo estudo.

Das 4 milhões de pessoas que morreram em 2015 por causas associadas ao sobrepeso, 40% não eram consideradas clinicamente obesas.

O estudo mostra também que mais de 2 bilhões de crianças e adultos sofrem problemas de saúde ligados ao sobrepeso, incluindo diabetes tipo 2, doenças coronárias e câncer.

Mas uma parte significativa dessas pessoas tinha um Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 30, limiar a partir do qual a pessoa é considerada obesa.

Segundo o estudo, publicado na revista científica New England Journal of Medicine, as descobertas revelam uma “crescente e perturbadora crise de saúde pública global”.

“As pessoas que ignoram o ganho de peso fazem isso por sua conta e risco – risco de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, entre outras”, diz Christopher Murray, autor do estudo e diretor do Instituto de Métrica e Avaliação para a Saúde (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

“Aquelas resoluções mais ou menos sérias de Ano Novo para perder peso devem se tornar compromissos para todo o ano”, aconselha.

O estudo, que analisou dados de 195 países e territórios por um período de 35 anos, de 1980 a 2015, diz que 30% da população mundial – ou 2,2 bilhões de crianças e adultos – estão com excesso de peso.

Isso inclui aproximadamente 108 milhões de crianças e mais de 600 milhões de adultos que têm um IMC maior do que 30 e são, portanto, considerados clinicamente obesos.

‘Amor pelo açúcar’

A obesidade se tornou uma epidemia mundial – a população de obesos dobrou em 70 países desde a década de 1980.

Os Estados Unidos têm o maior nível de obesidade entre adultos e crianças (13% da população).

O Egito lidera o ranking de adultos obesos – 35% da população está nessa situação.

Em entrevista no ano passado ao jornal britânico The Guardian, Randa Abou el Naga, pesquisador na Organização Mundial de Saúde, atribuiu o problema no Egito à falta de “exercícios físicos vigorosos”, enquanto a nutricionista Sherine el Shimi citou o “amor” do egípcio pelo açúcar.

O relatório também mostrou que a taxa de obesidade está aumentando mais rapidamente entre crianças do que entre adultos.

A China e a Índia têm os maiores números de crianças obesas, com 15,3 milhões e 14,4 milhões, respectivamente.

“O problema não está relacionado exclusivamente à renda ou riqueza”, diz o estudo. “A maior disponibilidade e acessibilidade a produtos densos em energia, além do forte marketing, podem explicar o excesso de peso em diferentes populações”, acrescenta.

As menores taxas de obesidade estão em Bangladesh e no Vietnã. Apenas 1% da população desses países é obesa.

“O excesso de peso corporal é um dos problemas mais desafiadores de nossos tempos, afetando uma a cada três pessoas”, diz Ashkan Afshin, coautor do estudo e professor de Saúde Global no IHME.

Os autores destacam a necessidade de uma intervenção para reduzir a prevalência de um alto IMC e suas consequências.

Fonte: www.bbc.com/portuguese

 

Geração com mais de 50 anos revoluciona velhice e cria ‘gerontolescência’, diz guru da longevidade

Envelhecer não é mais o que era antes graças aos baby boomers, que estão transformando esse período e vivendo de forma diferente das gerações anteriores – é o que diz uma das maiores autoridades em envelhecimento do mundo, o médico brasileiro Alexandre Kalache.

Em entrevista à BBC Brasil, Kalache diz que o brasileiro terá que trabalhar mais tempo “quer goste ou não”, acima de tudo porque terá uma vida mais longa. Mas a boa notícia, afirma, é que a chegada à velhice da geração do pós-guerra cria uma nova construção social, o que chamou de gerontolescência.

Segundo Kalache, os baby boomers – geração que nasceu no pós-guerra (1945-1964) e que atualmente tem mais de 50 anos – estão revolucionando a velhice e transformando o período em uma nova fase porque são em maior número, têm um nível de saúde e vitalidade maior e melhor formação do que as gerações que envelheceram antes deles.

Para o médico, que atuou como diretor de envelhecimento na Organização Mundial da Saúde e já lecionou sobre o tema em universidades como a de Oxford, isso abre a possibilidade de promoção de uma nova forma de envelhecer, que vem sendo construída socialmente por esse grupo.

“A gente revolucionou o conceito de fazer a transição da infância para a idade adulta e criamos uma coisa que não havia antes da Segunda Guerra Mundial, que é a adolescência”, explica Kalache, ao explicar que a adolescência como construção social não existia antes dos anos 1950.

“Fizemos muita coisa que está aí: a revolução sexual, a pílula, as revoluções musicais, a luta contra a ditadura – não vou deixar de ser essa mesma pessoa de 50 anos atrás. Eu e esse grupo todo, os baby boomers, estamos envelhecendo com isso tudo como legado. E daqui a um tempo vamos olhar para trás e ver que, assim como criamos a adolescência há alguns anos, estamos criando a gerontolescência”, diz ele.

Para ele, no entanto, há uma diferença entre essas duas construções sociais. “A adolescência deve durar quatro ou cinco anos – se durar mais tem algo errado. Mas a gerontolescência é para durar 20, 30, 40 anos. É muito tempo para a gente se rebelar, virar a mesa.”

Encarando a morte

Para tratar do tema do envelhecimento em palestras, Kalache costuma pedir à plateia que imagine rapidamente como vai morrer. O exercício, segundo ele, serve para mostrar como há uma “idealização da morte que já não é mais a regra”.

Isso porque, diz ele, “vamos morrer mais velhos, mais doentes e mais lentamente do que muitos imaginam”.

“A gente tem que se preparar para uma vida muito mais longa e pensar no processo de morte, porque no Brasil três quartos das mortes são de pessoas idosas e por doenças crônicas, inclusive aquelas arrastadas que causam sofrimento e despesas. Então é preciso tentar assegurar qualidade de vida até o final.”

E essa é uma realidade que deve ser levada em conta especialmente no Brasil, que envelhece a passos largos. Estimativas da Organização das Nações Unidas apontam que até 2050 o Brasil terá 64 milhões de idosos – ou 30% da população, em comparação aos atuais 12%. Em 2001 esse total era de apenas 9%. Em menos tempo – em 2025 – o país deverá ocupar o sexto lugar em número de idosos no mundo.

Para Kalache, além de estar envelhecendo rapidamente, o Brasil percorre esse caminho em um padrão sem precedentes.

“Estamos envelhecendo com uma grande parcela da população em pobreza. É um desafio grande porque não temos precedentes, modelos. Nenhum país até hoje envelheceu sem ser rico. E estamos envelhecendo rápido e ao mesmo tempo sem recursos para políticas sociais e de saúde que possam responder a uma população já muito envelhecida, como seremos em três décadas.”

Mais trabalho

Então vamos ter que trabalhar mais? Kalache, que atualmente preside o Centro Internacional Longevidade Brasil, responde que sim, e vai além: critica o “luxo” do nosso sistema previdenciário atual.

“Vai ter que trabalhar mais tempo? Eu acho que sim. Um país como o Brasil que se dá ao luxo de ter a aposentadoria média aos 54 anos é um país inviável. Não existe nenhum país que tenha conseguido por muito tempo manter tanta gente aposentada, sobretudo porque a base da pirâmide, que são os jovens, está diminuindo. Então, a gente goste ou não, vamos ter que nos preparar para uma vida laboral mais longa. E já que vai ter que trabalhar mais tempo, vamos trabalhar para ter projetos e para ser estimulante”, opina.

Por isso, segundo ele, será necessário pensar em uma política pró-natalidade para equilibrar a pirâmide social, ou seja, ter uma proporção menos desigual de jovens e idosos no país, e ainda garantir um envelhecimento melhor aos mais velhos.

Ele afirma que, para isso, são necessários quatro capitais fundamentais: saúde, conhecimento para não se tornar obsoleto (o manter-se antenado), bem-estar financeiro e bem-estar social (ou o “capricho nas relações para ter para a quem recorrer quando o negócio apertar”).

“A gente sabe que a pensãozinha só no fim da vida não vai dar conta. Aproveite para fazer suas economias porque, no final da vida, a gente precisa de mais renda e mais dinheiro, e não de menos.”

Fonte: www.bbc.com/portuguese

A Integral Saúde lança aplicativo Guia de Saúde

A Integral Sáude lançou o aplicativo gratuito Guia de Saúde para facilitar a vida de seus clientes. Com uma interface simples e intuitiva, o app identifica médicos, clínicas, laboratórios, hospitais e demais estabelecimentos de saúde mais próximos do usuário, de acordo com o plano contratado.

A busca da rede de atendimento pode ser feita pela localização do beneficiário, tipo de prestador, especialidade, tipo de plano ou pelo nome do profissional ou estabelecimento de saúde. O aplicativo aponta o caminho mais próximo entre o beneficiário e o prestador que ele procura, utilizando o sistema de geolocalização do aparelho. O app também permite que o usuário inclua o prestador ou estabelecimento na sua lista de favoritos e está disponível para Android e iOS.

Link para download do aplicativo:
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.mobilesaude.caberjintegral&hl=pt