Insuficiência cardíaca, a doença do século 21

Sedentarismo, má alimentação, hipertensão, diabetes… Eis alguns dos problemas cada vez mais presentes no dia a dia dos brasileiros em razão das condições de vida da nossa sociedade. Todas as pressões do cotidiano e maus hábitos acabam maltratando nosso coração, que aos poucos vai perdendo sua capacidade de funcionar corretamente e acaba aumentando de tamanho para compensar a necessidade de maior esforço. Essa disfunção é o que chamamos de insuficiência cardíaca.

Na história da medicina ela é uma conhecida de longa data, mas digamos que não era muito discutida. Há 30 anos, muito menos pessoas sobreviviam ao infarto, ao derrame ou aos fatores de risco como hipertensão e o colesterol elevado.

Mas, agora, a importância dada a essa condição chega com força. Hoje é comum ver pessoas passarem por um infarto e seguirem com as suas vidas – algo mais raro antigamente. Também deparamos no cotidiano médico com crianças e jovens já reféns do sedentarismo e da pressão alta, por exemplo. E é por isso que aumentam os números de indivíduos com insuficiência cardíaca, assim como a preocupação com o assunto.

A insuficiência não se resume ao crescimento do tamanho do coração ou à falta de fôlego para subir escadas. Está relacionada a um alto volume de mortes e debilitações. Muitos acabam acreditando que a vida após um infarto, ou de uma pressão alta mal controlada, é extremamente restrita ou que ter um “coração inchado” é sinônimo de apresentar dificuldades para realizar as tarefas do dia a dia. Isso só mostra, porém, quanto a insuficiência cardíaca não está sendo tratada corretamente.

É preciso que as pessoas relatem essas dificuldades e não tenham qualquer sentimento de vergonha por isso. Os médicos, ao mesmo tempo, devem reconhecer estes sintomas para poderem fazer o diagnóstico de insuficiência cardíaca – como cansaço, fadiga, falta de ar, desânimo, que em muitos casos não é feito. Só assim médicos e pacientes entenderão quanto a insuficiência cardíaca está afetando a qualidade de vida da população.

Estudos internacionais apontam um aumento no número de pessoas com a doença nos últimos anos. Segundo a Associação Americana do Coração, 5,7 milhões conviveram com a doença entre 2009 e 2011. O número subiu para 6,5 milhões no período até 2014. E a previsão é que esses casos cresçam 46% até 2030, chegando à marca de 8 milhões de pessoas.

Como médico, percebo que há uma grande responsabilidade por não enfatizarmos quanto devíamos ao longo dos anos a importância desse problema, as medidas para evitá-lo e a necessidade de buscar novas soluções. Porém, vejo que não apenas médicos, mas todos os envolvidos com o cuidado dessa condição precisam dar mais atenção a esse crescente problema de saúde pública.

A Rede Brasileira de Insuficiência Cardíaca (REBRIC) é parte desse esforço que cardiologistas em união com outros especialidades médicas e profissionais de saúde (enfermeiros, fisioterapeutas e outros), hospitais, universidades, sociedade civil, pacientes, governo e entidades privadas, estão desenvolvimento para ajudar a população na conscientização da doença. A REBRIC é a nossa luta para que a previsão do grande aumento de pacientes não se concretize e para aqueles que adquirirem a doença tenham um diagnóstico precoce, além do melhor tratamento.

É preciso mudar os hábitos para que a insuficiência cardíaca deixe de impor uma significativa perda na qualidade de vida entre os milhões de brasileiros que convivem com a doença ou ainda a terão. Cuide da sua pressão arterial e do seu estilo de vida hoje para que a insuficiência cardíaca não se manifeste amanhã.

Fonte: www.abril.saude.com.br

Os benefícios do parto normal para o bebê

Da respiração ao sistema imune, a ciência comprova: vir ao mundo naturalmente, quando possível, ajuda a garantir um início de vida mais saudável e seguro

O parto vaginal ainda pode parecer cercado de mistérios, mas é o meio de nascimento considerado ideal pelos especialistas. Primeiro, pelo fato de nascer quando a hora certa chega. “É o momento em que o bebê está completamente formado, maduro, e isso reduz muito as chances de complicações e internações na UTI neonatal”, destaca Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo.

“Tanto que é uma substância liberada pelo pulmão do feto que avisa o corpo da mãe que está na hora do trabalho de parto começar”, continua o médico. A partir desse alerta, o organismo da mulher aumenta a produção de hormônios como a ocitocina, que vão facilitar as contrações uterinas e musculares, e o cortisol, que regula os níveis de estresse.

Com tudo pronto e os organismos da mãe e do bebê preparados espontaneamente para o final da gestação, o filho finalmente é despejado do ventre materno – processo que, diferente do que se pensa, pode, sim, ser menos doloroso com o uso de anestesias. Essa expulsão natural, aliás, é outra vantagem do parto normal.

“Enquanto o bebê passa pelo canal vaginal, seu tórax é comprimido de maneira que facilita a saída do líquido amniótico e diminui a incidência de problemas respiratórios”, explica Desireé de Freitas Valle Volkmer, pediatra e chefe do Serviço de Neonatologia do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

A forcinha para o pulmão do recém-nascido não para por aí. Os obstetras têm incentivado a permanência do cordão umbilical ligando bebê e placenta por alguns minutos. São cerca de três minutos em que o recém-nascido conta com a ajuda do oxigênio fornecido pela placenta. “Isso ainda diminui o risco de anemia no início da vida”, realça Guimarães.

Micróbios do bem

Em sua descida pelo canal vaginal da mãe, o feto é recoberto por bactérias e fungos presentes na microbiota da região. O contato com esses pequenos organismos colabora para um desenvolvimento saudável porque eles ajudam a colonizar o intestino da criança, que desenvolverá a partir daí sua própria microbiota. “E, como sabemos hoje, a saúde do intestino é tão importante que ele é considerado o novo cérebro”, ensina Desireé.

Já no útero, o feto começa a receber alguns micro-organismos necessários para seu próprio corpo via placenta, mas é na passagem final que o banho fica completo. “Esses agentes colaboram para a maturação do sistema imunológico e deixam o bebê melhor preparado para se defender de agentes externos”, complementa Guimarães. Algumas pesquisas mostram também que esse tipo de nascimento diminui a incidência de alergias.

Um momento cercado de carinho

“Mais do que um simples nascimento, cada parto é um acontecimento único, que deve ser especial para a família”, diz Desireé. Especialmente porque o elo entre mãe e filho começa a se formar já nos primeiros minutos de vida. “No normal, esse contato pele a pele é mais fácil e pode ocorrer imediatamente após o nascimento”, complementa a pediatra.

Além disso, a mãe se recupera mais rápido, o bebê nasce com menos risco de ir para a UTI neonatal e com chances maiores de uma infância saudável. Mesmo assim, o índice de partos normais ainda deixa a desejar no Brasil.

Longe de ser regra

Em 2015, a Organização Mundial de Saúde emitiu um alerta geral para o excesso de cesáreas realizadas em alguns países, entre eles o Brasil. Segundo a entidade, o ideal é que no máximo 15% dos nascimentos de um país sejam cirúrgicos, enquanto aqui ainda são mais da metade.

Desde então, Ministério da Saúde e outras entidades, como os principais hospitais e universidades do Brasil, intensificaram seus esforços na promoção do parto normal e já obtiveram algum resultado. Em março de 2017, o número de cesáreas caiu pela primeira vez na história, para 55,5% dos partos – cenário ainda longe do ideal.

Já em junho deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo divulgou que na rede privada as cesáreas chegam a 82,6%. “Precisamos trabalhar para conscientizar profissionais de saúde e pacientes de que o parto natural e humanizado é a melhor opção para mãe e bebê”, explica Guimarães.

Segundo o especialista, uma das barreiras enfrentadas é o fato de muitas pessoas – incluindo mães e médicos – ainda associarem o momento à dor intensa ou a uma ideia estereotipada de parto humanizado. “Não quer dizer que a mulher não pode tomar anestesia ou deve comer a placenta, por exemplo. Pelo contrário, suas escolhas são respeitadas e ela é assistida durante todo o processo”, completa o obstetra.

A humanização vale inclusive para a cesárea, que aliás não deve ser demonizada – é um instrumento valioso e que salva vidas quando necessário. O problema está na cesárea marcada, ou seja, aquela que já está agendada sem sequer dar chances do trabalho de parto começar espontaneamente. O ideal seria, salvo exceções, esperar o momento certo chegar para, aí sim, optar pela cesárea se o parto normal não for viável.

“Há maneiras de diminuir o risco e obter parte dos benefícios do parto normal e humanizado na cesariana”, reforça Desireé. Uma delas é estimular o contato entre mãe e bebê e estimular a primeira mamada ainda na primeira hora de vida mesmo quando o parto é cirúrgico. Alguns estudos apontam, ainda, que passar os fluidos da vagina da mãe imediatamente após a retirada cirúrgica com o auxilio de uma gaze pode ajudar a transmitir as bactérias do bem para o filho.

Fonte: www.bebe.abril.com.br

 

Regulamentação da ozonioterapia na medicina: o que está em jogo

Unanimidade no Senado, essa terapia complementar, usada contra dor, inflamação e afins, divide a opinião dos médicos. Conheça os dois lados dessa história

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado foi unânime ao aprovar, esta semana, um projeto de lei que autoriza a prescrição da chamada ozonioterapia no Brasil. Quem defende o tratamento – uma combinação dos gases oxigênio e ozônio que pode ser aplicada de vários jeitos, como mostraremos mais pra frente – afirma que ele potencializa os recursos convencionais contra mais de 200 doenças. Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina não reconhece a tática, tratando-a como um procedimento experimental, diferentemente do que acontece em certos países da Europa. Na prática, isso faz com que os médicos não a receitem.

“As sessões auxiliam no controle de inflamações, aceleram o processo de cicatrização, favorecem a oxigenação dos tecidos e combatem micro-organismos nocivos”, garante a otorrinolaringologista Maria Emília Gadelha Serra, presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz). Daí a indicação para dores nas articulações, úlceras diabéticas e tantos outros problemas de saúde.

Só que nem todo mundo vê com bons olhos a possível ampliação dessa estratégia: recentemente, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) se posicionou contra a decisão do Senado. “Para casos de artrite reumatoide, há somente um estudo da ozonioterapia com humanos, sendo que foram analisados 30 voluntários”, exemplifica Lícia Maria Henrique da Mota, coordenadora da Comissão de Artrite Reumatoide da SBR. É pouca gente mesmo.

“Ou seja, nesse sentido faltam evidências que comprovem a eficácia e até mesmo a segurança do tratamento em questão em longo prazo”, arremata a especialista. Se o paciente deseja recorrer a terapias complementares, Lícia recomenda acupuntura, ioga e meditação. Segundo ela, essas táticas são mais reconhecidas como aliadas da qualidade de vida e mesmo do tratamento.

Tal ponderação se estende aos cuidados com a pele. “Pode ser que, com o tempo, a ozonioterapia se mostre tão eficaz quanto a carboxiterapia, feita com gás carbônico. Mas, por enquanto, são poucos os trabalhos científicos que a embasam”, declara a médica Betina Stefanello, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Sequer vi o tema ser mencionado em congressos nacionais e internacionais”, completa Claudio Wulkan, membro da Sociedade Americana de Dermatologia.

Na Odontologia, porém, o ozônio já é empregado rotineiramente, com aval das entidades responsáveis. “Ele é usado, por exemplo, contra cáries, dores maxilares e infecções na gengiva. Também tem função na limpeza de canais e na reparação tecidual pós-cirurgia”, conta Viviane Ferrari, cirurgiã-dentista da SucessOdonto Prime, em São Paulo.

Como a ozonioterapia é aplicada e quais os cuidados necessários

“Injeção subcutânea, água e óleo ozonizados, sauna e bolsa plástica são as principais formas de uso”, ensina Maria Emília. Já o número de sessões varia de acordo com a gravidade da doença. Aliás, a ozonioterapia também teria fins preventivos contra várias enfermidades, quando o ideal seria um ciclo de dez sessões (uma por semana) até duas vezes por ano.

Seja qual for a finalidade, esse recurso nunca deve substituir os tratamentos tradicionais. E é extremamente importante que um profissional realize o procedimento. Se aplicado em doses excessivas, o ozônio pode provocar de problemas respiratórios a desfechos fatais.

Do contrário, a única contraindicação absoluta é para pessoas com uma deficiência relacionada à enzima G6PD. Sem ela, essa terapia tende a causar a destruição em massa das hemácias, células do sangue cuja função no organismo é transportar oxigênio.

“Além de um leve ardor local se aplicado por meio de uma seringa, o gás costuma fazer a glicose no sangue baixar”, ressalta Maria Emília, da Aboz. “Por isso, é preciso ter se alimentado nas três horas que antecedem a consulta e os diabéticos devem estar com a glicemia devidamente monitorada”, finaliza a expert. Agora é aguardar o fim dessa discussão, que ainda precisa passar pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmera dos Deputados antes de avançar para a sanção presidencial.

Fonte: www.saude.abril.com.br

ANS quer limitar coparticipação de usuários em planos de saúde

A proposta está em uma minuta de resolução normativa sobre planos de coparticipação divulgada pela agência junto com a reabertura de uma consulta pública

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quer limitar o valor que os planos de saúde podem cobrar pela coparticipação, quando o usuário paga uma parte do procedimento autorizado pela operadora. A proposta está em uma minuta de resolução normativa sobre planos de coparticipação e franquia divulgada pela agência junto com a reabertura de uma consulta pública sobre o assunto.

O documento sugere que a coparticipação não ultrapasse 40% do valor do procedimento. Também estabelece a isenção da cobrança do percentual em até quatro consultas com médicos generalistas – pediatria, clínica geral, médico de família, geriatria, ginecologia – no período de 12 meses e em exames preventivos como mamografia, colonoscopia, glicemia de jejum, teste de HIV, entre outros.

Em abril e maio deste ano, a ANS recebeu contribuições sobre o tema, que levaram à elaboração da minuta. No entanto, por causa de mudanças na direção da agência, os gestores decidiram abrir mais uma etapa de participação pública antes da atualização das normas para planos de coparticipação e franquia. Por causa da nova fase de manifestações, a proposta de minuta de resolução normativa ainda deve passar por alterações.

Com as mudanças, o objetivo da ANS é atualizar regras para o setor, vigentes desde 1998, e dar mais transparência aos usuários que contratam estes serviços. As contribuições podem ser apresentadas por qualquer pessoa até o dia 25 de outubro e serão acrescentadas às colaborações recebidas na consulta feita em abril e maio deste ano. Os interessados em participar devem utilizar o formulário online.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, aproximadamente 50% dos 48 milhões de beneficiários dos planos de saúde no Brasil possuem em seus contratos um dos dois mecanismos de regulação: a coparticipação ou a franquia. Na coparticipação, além de um valor mensal fixo, o usuário tem um custo adicional sempre que realiza um procedimento, como consulta, exame, entre outros. Com isso, espera-se uma mensalidade mais baixa que os planos tradicionais.

Por sua vez, a franquia consiste em estabelecer um limite financeiro até o qual a operadora não tem obrigação de custear o procedimento. “Digamos que um determinado contrato estabeleça que, durante um período de 12 meses, como é a forma mais recorrente, o usuário vai custear o seu próprio tratamento até o valor de R$ 2 mil. Então ele vai em alguns médicos, realiza alguns exames e paga do seu próprio bolso. A partir do momento em que se atingiu R$2 mil, a operadora é quem passa custear as consultas, exames e demais procedimentos”, explicou Aguiar. Nesse tipo de contrato, o usuário acaba sendo estimulado a moderar o gasto com os serviços de saúde, já que em um primeiro momento é ele quem paga a conta.

Segurança jurídica

Segundo o diretor da ANS, por serem muito antigas, as regras que envolvem esses contratos partem de premissas genéricas. “A dinâmica do mercado vem mostrando a necessidade de termos uma maior segurança jurídica sobre esses mecanismos, especialmente o de coparticipação, que gera muitas dúvidas e responde por 66% desses tipos de contratos. A normatização atual não apresenta quase nenhum parâmetro. Não contém, por exemplo, qualquer limite financeiro na cobrança da coparticipação. O que existe é uma orientação. Para a ANS, valores acima de 30% são considerados fatores restitivos severos da utilização dos serviços de saúde. Mas isso não está normatizado”, explica.

Aguiar afirma que tanto a isenção de cobrança de coparticipação em alguns procedimentos como a criação de um limite de percentual são assuntos polêmicos sobre os quais a população pode opinar através da consulta pública. “A coparticipação é geralmente cobrada em cima do valor do procedimento. Entretanto, há procedimentos que podem custar milhares de reais. E, nesse caso, qualquer percentual aplicado resultará em um valor muito alto. E aí entra outra discussão. Deve-se estabelecer um limite percentual ou um limite de valor monetário específico?”, pondera.

A nova regra também deve fortalecer processos que garantam a transparência. Hoje, já existem algumas regras com este intuito. Desde 2016, por exemplo, as operadoras de planos de saúde são obrigadas a dar aos usuários acesso detalhado aos serviços que ele utilizou: com quais médicos se consultou, quais exames realizou, etc. Ainda assim, a ANS avalia que há um déficit informacional envolvendo estes contratos, o que cria dificuldades para se saber o que está sendo comercializado.

Fonte: www.exame.abril.com.br

O que é osteoporose e quais seus sintomas, tratamentos e causas

Saiba como se prevenir a doença e das fraturas decorrentes dela, como as principais formas de diagnosticá-la e tratá-la direito

A osteoporose é uma condição mais comum em mulheres acima dos 45 anos que deixa os ossos frágeis e porosos. À medida que vai progredindo com o avançar da idade, a doença aumenta o risco de fraturas, especialmente do quadril, da costela e colo do fêmur.

A estrutura do nosso esqueleto vive em constante renovação. Ganhamos massa óssea até os 20 anos de idade e perdemos com maior velocidade depois dos 40. Dois tipos de células – os osteoclastos e os osteoblastos – estão envolvidos no ciclo de renovação dos ossos. Os osteoclastos promovem a absorção de minerais, eliminando áreas de tecido ósseo e criando umas cavidades.

Os osteoblastos, por sua vez, são encarregados de preencher essas cavidades, produzindo ossos novos. Para isso, usam o cálcio, absorvido com a ajuda da vitamina D. Assim, a cada três meses 10% do esqueleto se renova.

A primeira etapa da degeneração óssea, chamada osteopenia, tem início com o desequilíbrio entre as células de absorção e de regeneração. Ou sejam os osteoclastos passam a agir mais rapidamente, degradando osso com maior velocidade do que os osteoblastos são capazes de repor.

Nas mulheres, esse desequilíbrio desponta a partir dos 35 anos de idade. As mudanças hormonais que acompanham a menopausa interferem de forma decisiva na perda e ganho de massa óssea. Isso porque há uma queda acentuada do estrogênio, hormônio importante na fixação do cálcio no osso. Nesse caso, a doença é classificada como osteoporose pós-menopáusica.

Nos homens, o esqueleto se mantém quase intacto até os 40 anos. Até porque a testosterona barra o desgaste ósseo – e, ao contrário da ala feminina, suas taxas diminuem de pouco em pouco. Entre eles, as fraturas osteoporóticas costumam ocorrer após os 70 anos, embora venha aumentando nos últimos anos o risco de quebrarem um osso já a partir dos 50 anos.

Há ainda a osteoporose secundária – quando a perda de massa óssea tem a ver com outras doenças. Exemplos: problemas renais ou endócrinos, ou com o uso de certos medicamentos.

O tabagismo é outra ameaça, porque o cigarro destrói as células que formam osso. Agora, a verdade é que os principais desencadeadores do problema são carência de cálcio e vitamina D, sedentarismo e predisposição genética.

Sinais e sintomas

– A osteoporose é silenciosa e não apresenta sintomas. Em geral, o problema só é detectado em estado avançado, com a deformação de ossos que provoca dor crônica ou quando aparece uma fratura.

Fatores de risco

– Predisposição genética

– Envelhecimento

– Dieta pobre em cálcio

– Sedentarismo

– Abuso de álcool

– Tabagismo

– Menopausa

– Uso abusivo de remédios à base de corticoides

– Diabetes

Disfunções na tireoide

A prevenção

A ingestão de cálcio é imprescindível para a renovação óssea: o ideal é 1 200 miligramas por dia – o equivalente a quatro porções lácteas. Embora outros alimentos também tenham alto teor de cálcio, como como brócolis e folhas verde-escuras, o nutriente é mais abundante em leite e derivados.

A vitamina D é importante nesse processo. Sem ela, a absorção do mineral fica prejudicada. A recomendação é de 400 e 600 miligramas diários dessa vitaminas. Como poucos alimentos são ricos no nutriente, o banho de sol é a solução – com 15 minutos diários, sem protetor, a vitamina D chega ao intestino e ajuda a incorporar o cálcio.

Exercícios físicos de impacto, que estimulam a formação de massa óssea, também são imprescindíveis. E fora que estimulam o ganho de massa e força muscular, um fator importante na prevenção das quedas.

O diagnóstico

A osteoporose não dá sinais claros de que está se instalando. Portanto, o médico inicia a investigação levando em  conta dados como idade, peso, altura, histórico de fraturas na família, uso de cortisona e hábitos como fumar e beber.

Mas a confirmação da doença costuma vir no resultado da densitometria óssea, teste em geral solicitado a partir dos 45 anos para as mulheres e dos 65 anos para os homens. Já fez alguma vez?

O exame é feito por um aparelho de raio X que se move sobre os ossos analisados. A máquina envia a um computador os valores de massa óssea obtidos. Na tela, visualiza-se a coluna lombar e o fêmur, um dos ossos mais propensos a fraturas decorrentes da osteoporose.

Essa avaliação permite ver o osso por dentro e medir sua densidade mineral, prevendo até o risco de fraturas. Comparam-se os valores encontrados com os de uma pessoa normal com o mesmo peso, sexo, altura e idade.

O tratamento

A primeira tentativa de conter a perda de massa óssea é feita com o ajuste da dieta para que haja ingestão adequada de cálcio e vitamina D. Se os alimentos não forem suficentes, indicam-se os suplementos tanto do mineral quanto da vitamina.

Mas, uma vez que a osteporose está instalada, o aporte dessas substâncias via de regra é insuficiente, mesmo quando aliada aos exercícios físicos. Não que esses hábitos devam ser deixados de lado, mas eles provavelmente ganharão o reforço de medicamentos.

Os remédios podem melhorar a resistência do osso ao impedir a degeneração e incentivar a reconstrução. Uma das classes mais utilizadas nesse sentido é a dos bifosfonatos, com eficácia constatada no aumento da massa óssea da coluna e do quadril. Outro grupo de fármacos capaz de inibir a degradação óssea é o da calcitonina, utilizada via injeção ou por meio de nebulizador.

Mais recentemente, surgiram medicamentos biológicos que desaceleram o ritmo de degradação dos ossos. Com isso, o esqueleto consegue se regenerar, o que evita fraturas. A escolha entre um e outro fármaco depende de cada caso.

Fonte: www.abril.saude.com.br

Quais são os fatores que determinam a obesidade infantil?

No Brasil e no mundo, o número de casos de crianças acima do peso só cresce. Especialista explica os motivos que contribuem para essa verdadeira epidemia

Atualmente, umas das principais preocupações dos pais relacionadas à saúde de seus filhos é, sem dúvida, a obesidade. E eles estão certos. A obesidade infantil não só pode causar danos à saúde, como também impactar negativamente na vida psicossocial da criança, incluindo ações de bullying.

Pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que em apenas 15 anos (de 1990 a 2014), o número de casos de obesidade infantil aumentou em 10 milhões de crianças, globalmente. Hoje, a taxa é de 6,1% de toda a população na faixa etária de menos de cinco anos. Em 1990, ela era de apenas 4,8%. Na América Latina, a taxa é superior à média mundial e chega a 8%.

Segundo a Associação Brasileira de Estudos Sobre a Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), 30% das crianças e adolescentes do Brasil são obesos – o que representa 15 milhões de pessoas.

Um dos fatores mais preocupantes é que muitas soluções equivocadas têm sido adotadas e isso pode provocar problemas ainda maiores, como os distúrbios alimentares. Entre elas, destaco a adoção de dietas restritivas para crianças, nas quais são cortados alguns tipos de alimentos e ingredientes como açúcares, sal e gorduras, sem nenhuma orientação médica. Essa atitude, aplicada na fase de desenvolvimento, pode gerar sérios problemas de saúde.

Por tudo isso, é fundamental entender a grande variedade de fatores que podem causar a obesidade infantil, como a atitude dos pais na alimentação das crianças, origem genética, alimentação da mãe durante a gestação e o estilo de vida sedentário.

Estudos comprovam que a atitude equivocada dos pais é um fator de obesidade infantil muito comum. Ao forçar seus filhos a “limpar o prato” ou “comer tudo”, eles não percebem que estão contribuindo, a médio e a longo prazo, para o ganho de peso da criança. Ao impor a ingestão de quantidade de comida que ela não deseja, os pais estão anulando o processo de autoconhecimento dos pequenos, impedindo-os de entenderem os limites e mecanismos de fome e saciedade do seu organismo. Dessa forma, as crianças crescem com o hábito de comer mais do que necessitam, desencadeando o processo de ganho de peso acima da média saudável.

Também não se pode proibir. Um estudo desenvolvido pela Center for Childhood Obesity Research at Pennsylvania State University, nos Estados Unidos, comprovou que tudo que é proibido para a criança gera mais interesse. Se algum alimento que ela deseja for cortado de sua dieta, assim que ela tiver oportunidade de comer, longe dos pais, ela comerá, e em quantidade maior. No lugar da proibição é preciso existir uma educação alimentar.

Essa educação também é fundamental ao falarmos sobre a questão genética. Estudos comprovam que os riscos de uma criança crescer obesa podem variar de acordo com a incidência de sobrepeso na família. Quando nenhum dos pais é obeso, a criança tem 10% de chances de ser. Se o pai ou a mãe é obeso, as chances aumentam para 50%. Quando os dois têm obesidade, as chances sobem para 80%. Por isso, é fundamental que a criança coma de tudo, sem restrição, porém em quantidades equilibradas e nos horários certos.

Também a alimentação da mãe, durante a gestação, interfere na programação metabólica da criança, pois os primeiros 1000 dias de vida, contados a partir da concepção, são decisivos para a saúde. Inúmeras evidências indicam ser esse o período mais importante para modelar a expressão genética do indivíduo.

A atenção à alimentação começa no útero, pois tudo o que mãe come, bebe ou inala vai para o bebê. Até os seis meses de vida, uma das maneiras mais eficazes de evitar esse problema é dar o peito. O leite materno é tudo o que o bebê precisa para crescer saudável e com menor risco de se tornar obeso: água, proteínas, vitaminas, minerais e gorduras. Tudo na medida exata para o desenvolvimento da criança.

Por fim, destaco um dos mais graves fatores que é o sedentarismo. Não há nenhuma dúvida de que a falta de atividades físicas regulares faz com que  muitas crianças se tornem obesas. Sejam elas por meio de esportes, bicicletas ou dança, tudo vale para que os pequenos cresçam e se desenvolvam com peso adequado e boa saúde.

Fonte: www.bebe.abril.com.br

Outubro Rosa: saiba como fazer o autoexame

Se tratado desde o início, o câncer de mama tem 95% de chance de cura. Conseguir identificar os sintomas é fundamental para a saúde da mulher, visto que é a própria paciente que, na maioria das vezes, descobre a doença

O mês de combate ao câncer de mama traz para o debate a importância do autocuidado e da atenção a mudanças que podem ocorrer no próprio corpo. Estar informada sobre os sintomas e saber o que fazer para evitar a doença são fundamentais para a saúde da mulher.

Segundo o mastologista do Hospital Regional de Sobradinho, Farid Buitrago, na maioria das vezes, o câncer é descoberto pela própria paciente. “Muitas percebem o nódulo no seio com o próprio toque ou com a mudança da textura da pele mamária”, pontua.

O ideal é que o autoexame seja feito na semana depois da menstruação – quando o corpo está menos inchado. Para aquelas que não menstruam, a recomendação é escolher um dia fixo no mês para fazê-lo.

A orientação é que se observem as mamas sempre que se sentir confortável (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano). Não existe uma técnica específica para seguir, mas há algumas sugestões que podem facilitar o autoexame como:

  • Em pé: de frente para o espelho, observar o bico dos seios, a superfície e o contorno das mamas. Em seguida, levantar os braços e verificar se há alguma alteração
  • Deitada: apalpar a mama esquerda com a mão direita com movimentos circulares suaves, apertando levemente com a ponta dos dedos. O mesmo se faz com o outro lado
  • No banho: com a pele molhada ou ensaboada, elevar o braço direito e apalpar a mama suavemente com a mão esquerda estendendo até a axila. O mesmo se faz com o outro lado

Caso identifique qualquer alteração, deve-se procurar um posto de saúde para que um médico ginecologista faça um exame clínico das mamas e encaminhe — quando for necessário — para estudos mais detalhados, como a mamografia.

O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:

  • Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
  • Alterações no bico do peito (mamilo)
  • Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
  • Saída de líquido anormal das mamas

Farid Buitrago explica que, mesmo que apareça qualquer sinal de alerta da doença, não significa que há um tumor maligno na mama. A confirmação do câncer só é feita pela biopsia (quando é retirada uma amostra do nódulo ou do tecido mamário).

Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama

Há alguns fatores de risco nos quais é preciso prestar mais atenção, como: obesidade e sobrepeso, sedentarismo, primeira menstruação antes dos 12 anos e parar de menstruar após os 30.

Histórico familiar de câncer de mama ou no ovário também são preocupantes para aparição da doença, principalmente em parentes de primeiro grau.

De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é esperado, neste ano, 960 novos casos do tumor no Distrito Federal. A faixa etária em que há maior incidência é dos 50 aos 69 anos. No entanto, mulheres mais jovens também estão suscetíveis.

Farid Buitrago esclarece que dá para evitar a doença. “Existem diversos fatores que ajudam a prevenir, como fazer atividade física, ter uma alimentação saudável e fazer os exames periodicamente.” De acordo com ele, quando o câncer é descoberto no início, há 95% de chances de cura.

Câncer de mama em homens

Homens também podem ter câncer de mama, mas o número é bem mais baixo quando comparado ao de pacientes femininas. “Para cem mulheres com a doença, há um homem”, explica Buitrago.

No caso dos homens, o nódulo aparece atrás no bico do peito. O procedimento quando há uma suspeita é o mesmo que o da mulher. Com mamografia e biopsia para confirmação. “O exame é igual, mas no caso da mamografia o incomodo é maior”, pontua o mastologia.

Fonte: www.agenciabrasilia.df.gov.br

Efeito sanfona é mais perigoso do que você imagina

Emagreça devagar e com saúde para prevenir problemas do coração e diabetes

Dietas radicais prometem mudanças de manequim em tempo recorde. Mas, sempre que você emagrece a jato, corre o risco de recuperar o peso perdido na balança pouco tempo depois deles terem sido eliminados e, assim, entrar no temido efeito sanfona.

É bem capaz que você já esteja familiarizada com ele e tenha visto seu peso oscilar em questão de meses. Se isso está mesmo acontecendo, fique atenta! Uma pesquisa publicada no periódico americano New England Journal of Medicine acaba de comprovar que engordar e emagrecer o tempo todo aumenta o risco de problemas cardiovasculares e de morte prematura, especialmente entre pessoas que já apresentam fatores de risco para doenças do coração, como níveis altos de colesterol.

Os estudiosos acompanharam mais de 9 mil pessoas entre 35 e 75 anos de idade, por 5 anos, e registraram o peso de todas elas, a cada intervalo de seis meses. Conclusão: a flutuação constante de 1 quilo na balança já é suficiente para aumentar o risco de problemas cardiovasculares em 4% e o de morte prematura em até 9%. E pior: pessoas que entram no efeito sanfona com mais de 4 quilos têm uma incidência 124% maior de ataques do coração quando comparadas com aquela que mantêm o peso estável a vida toda.

Outro motivo para controlar o ponteiro da balança é que, além dos problemas citados até aqui, os pesquisadores encontraram uma relação direta entre a oscilação recorrente de peso e o desenvolvimento de diabetes.

Por isso, se você quer eliminar alguns quilinhos, invista em dietas que orientam para uma reeducação alimentar. Assim, você emagrece devagar, mas consciente das novas escolhas alimentares e sem efeito sanfona (ufa!).

Fonte: www.boaforma.abril.com.br

10 coisas que você precisa saber sobre câncer de mama

Prevenção e diagnóstico rápido fazem a diferença. Mas, mesmo quando a doença já está instalada, existem exames e tratamentos que podem salvar vidas

Quando o assunto é câncer, a prevenção salva vidas. O sucesso dos tratamentos é muitas vezes maior quando um tumor é detectado em estágio inicial. Mas como monitorar a saúde? Desde a década de 1990, todos os anos, a campanha Outubro Rosa orienta e informa as mulheres em todo o mundo. Aproveite a oportunidade para saber se você está fazendo tudo o que pode para combater o câncer de mama.

1. Vou ter câncer de mama?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, uma em cada 15 mulheres é afetada pela doença. Todos os dias, são descobertos no Brasil 156 novos casos. A doença acaba com a vida de 12 000 mulheres por ano no país. Em termos mundiais, é o segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres. E alguns fatores aumentam as chances de desenvolver a doença: tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada. A genética só é determinante em 10% dos casos.

2. Existe uma idade certa para começar a se cuidar?

Logo que surge a primeira menstruação. A partir de então, é fundamental frequentar o médico e fazer o autoexame nas mamas e nas axilas. Procure por caroços, áreas mais escuras, áreas mais quentes e inchadas. Pele vermelha, enrugada ou descamada também pode ser sinal de problemas. Na maior parte dos casos, a área afetada não fica dolorida, então tome cuidado com outros sinais. Se encontrar algo diferente, corra para procurar orientação médica.

3. Quando faço o autoexame?

Uma vez por mês, sempre no final do período menstrual. Para quem já está na menopausa, basta escolher um dia específico do mês. Lembrando que, geralmente, os tumores se manifestam na segunda metade da vida, mas costumam ser mais agressivos quando aparecem em pessoas de menos de 30 anos. Lembre-se que o autoexame só poderá detectar alguma alteração, como um caroço, nódulo ou tumor, em estágio avançado e já perceptível pelo toque ou visível na pele. Portanto, é necessário fazer o diagnóstico precoce regularmente com a realização de exames preventivos prescritos pelo seu médico, porque somente esses exames poderão detectar o câncer em estágio inicial.

4. Reposição hormonal atrapalha?

Infelizmente, sim. Quem nunca amamentou e quem faz reposição hormonal por mais de cinco anos têm mais chances de sofrer com câncer de mama.

5. Câncer de mama tem cura?

Tem, claro! O tumor é vencido em 90% dos casos em que ele é descoberto nos estágios iniciais. O desafio fica muito mais complicado quando o diagnóstico demora para acontecer – no mundo, 30% dos cânceres de mama são descobertos em estágios avançados, quando as chances de cura são muito menores.

6. Tenho câncer. O que eu faço?

Converse, muito. Entenda a opinião do médico sobre operar ou tratar com medicação. Peça uma segunda ou terceira opinião se estiver insegura. Procure mulheres que venceram o problema – a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) oferece um ótimo suporte. Depois, decida. Afinal, você não tem muito tempo a perder.

7. Vou perder os seios?

Nem toda cirurgia exige a retirada das mamas inteiras. Dependendo do tamanho do tumor, é possível retirar apenas parte da mama e complementar o tratamento com medicação. Mesmo para quem perdeu toda a mama, é possível fazer cirurgia plástica reconstrutora.

8. Vou perder os cabelos?

A radioterapia só atinge a área tratada, então só provoca queda se o tratamento for na cabeça. Já a quimioterapia costuma, sim, provocar perda de cabelos em boa parte dos casos. Mas eles voltarão a crescer a partir de dois a três meses depois que o tratamento acabar.

9. Como prevenir?

Fazendo atividades físicas e cuidando da alimentação – evite gorduras e procure por alimentos ricos em vitamina A, como manga, melão, cenoura, couve, ervilha, carne de fígado e ovos. Abandonar o cigarro é extremamente importante. E evitar o consumo excessivo de álcool também ajuda. Retirar as mamas como prevenção, como fez a atriz americana Angelina Jolie, só tem valor para casos muito específicos.

10. Quais exames são necessários?

Antes, durante e depois da doença, alguns testes são fundamentais para monitorar a situação com segurança. A mamografia, por exemplo, deve ser realizada duas vezes por ano a partir dos 50 anos, segundo recomendação do Ministério da Saúde. Para quem já teve casos de câncer mamário na família, é recomendável começar a fazer o exame mesmo antes. Existem também situações em que o ultrassom, a ressonância magnética e a tomossíntese são recomendados como complemento.

Fonte: www.mdmulher.abril.com.br